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como o HIV age no organismo

O vírus do HIV ataca o sistema imunológico através do contato com células sanguíneas chamadas linfócitos T CD4+, responsáveis pela coordenação da defesa do organismo contra vírus, bactérias e fungos. Imagine que o vírus é uma chave e que a célula de defesa é uma fechadura. O HIV vai “encaixar” na membrana dessas células de defesa presentes, no caso da infecção sexual, no pênis, na vagina, na boca, no reto e no trato digestivo.

 

Dentro da célula, o HIV produz uma enzima chamada “transcriptase reversa”, que sofre uma mutação transformando-se de RNA para DNA. Essa conversão permite que o vírus entre no núcleo da célula e lá insira seu próprio material genético.

Depois de se multiplicar, o vírus se separa da célula T CD4+ junto com uma parte de sua membrana e rompe o linfócito invadido. A partir de então, ele sai em busca de outras células de defesa para continuar a infecção. Em até 10 anos depois da contaminação, os linfócitos estão comprometidos e o individuo fica sujeito a doenças oportunistas.

 

testagem

O teste pode ser feito gratuitamente e na hora, por meio do Sistema Único de Saúde. E não é nada de outro mundo: a partir de uma gota de sangue ou da saliva, a testagem analisa se o indivíduo produziu anticorpos para o HIV (se sim, o resultado é positivo). O resultado, no entanto, é certeiro apenas 30 dias depois da exposição sexual, por conta da janela imunológica (veja a seguir). Para consultar o local mais próximo de testagem gratuita, ligue para a Secretaria de Saúde do seu município.

sobre a janela imunológica

O Ministério da Saúde recomenda aguardar 30 dias para fazer o teste a fim de evitar um resultado falso-negativo - isto é, quando o exame alega negativo mesmo se o indivíduo é positivo para o HIV. Esse período, chamado de “janela imunológica”, é o tempo necessário para que o corpo produza os anticorpos que vão combater o vírus e serão detectados pelo teste. Em algumas pessoas, a janela varia: pode ser de 15 dias a até seis meses. E não é preciso pagar pelo exame. O SUS disponibiliza no pais inteiro a testagem rápida e gratuita, na qual o paciente vai até o posto de saúde, tira uma gota de sangue e verifica sua sorologia.

tratamento

Existem 22 medicamentos com 39 formulas diferentes para o combate ao HIV. O coquetel consiste na combinação de três ou quatro medicamentos, tomados em conjunto, que vão impedir que o HIV entre na célula de defesa do organismo e se reproduza. Na prática, eles podem evitar a produção da transcriptase reversa, que converte o RNA do vírus em DNA, ou das enzimas protease e integrase, que fazem o HIV se replicar.

HIV ou AIDS?

HIV é o vírus, AIDS é a doença. O HIV é a sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência humana, que costuma atacar as células de defesa linfócitos T CD4 +. Se o soropositivo não adotar o tratamento, o invasor se replica no organismo e gradativamente destrói as células de defesa a ponto de o organismo não conseguir se defender de bactérias e vírus invasores. A partir disso, o paciente pode desenvolver diversas doenças, como tuberculose, pneumonia ou citomegalovirus. Uma segunda forma de classificar alguém como pessoa vivendo com AIDS é quando sua taxa de CD4 está abaixo de 350 células CD4/ml de sangue. Uma pessoa saudável tem entre 500 e 1.200 CD4/ml de sangue. Lembramos que soropositivos em tratamento com antirretrovirais conseguem deter a replicação do vírus e retardar o surgimento da AIDS, ou mesmo impedir que ela apareça.

direitos assegurados aos portadores do vírus

Soropositivos podem ter acompanhamento e tratamento psicológico e com antirretrovirais gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em casos de lipodistrofia, efeito colateral no qual há redistribuição da gordura corporal decorrente do uso de antirretrovirais - o que não ocorre com os medicamentos de última geração - é possível fazer cirurgia plástica reparadora pelo SUS. No trabalho, positivos têm direito de manter sigilo sobre sua condição em exames admissionais, periódicos e demissionais e podem requisitar aposentadoria por invalidez e o benefício de prestação continuada (salário mínimo mensal) caso não consiga mais trabalhar por conta do HIV. Quem for diagnosticado com AIDS, pode também pedir isenção do Imposto de Renda na aposentadoria, reforma ou pensão, depois de laudo feito por perícia médica, e sacar o PIS/Pasep (contribuição tributária) e o Fundo de Garantia do INSS. Alguns estados e municípios concedem transporte coletivo municipal ou interurbano gratuito para pessoas que vivem com HIV e com uma baixa contagem de CD4. Nesse caso, vale se informar com a Secretaria de Saúde da sua cidade.

O Truvada é resultado de uma combinação de dois medicamentos, o tenovofir e a emtricitabina, que impedem que o HIV se apodere dos linfócitos T CD4 e desative o sistema de defesa do organismo. É a chamada profilaxia pré-exposição, na qual se toma um comprimido de Truvada diariamente como forma de evitar a contaminação. Existem duas formas de administração: oral e em forma de gel. Em 2014, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a adoção do Truvada oral para prevenir novos casos de infecção, especialmente em grupos com maior risco de contaminação, como homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis. Estudos financiados pela entidade revelaram que a droga reduz em até 75% as chances de contrair o HIV. No caso do uso diário e de o soropositivo usar camisinha, o índice sobe para 99%. O Ministério da Saúde brasileiro está coordenando duas pesquisas para avaliar a adoção do Truvada no Sistema Único de Saúde (SUS), em São Paulo e no Rio de Janeiro, cujos resultados devem ficar prontos nos próximos dois anos.

 

sobre o Truvada

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